sábado, 21 de fevereiro de 2004
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2004
Quem não sabia?
Um mês antes das últimas eleições presidenciais, podíamos vaticinar o que nos ocorreria nos quatro anos seguintes. Esperávamos a morosidade das reuniões infindáveis. Sabíamos do discursos, que continuariam como se o presidente e sua equipe ainda estivessem em campanha. Imaginávamos o matiz anti-americanista a ser adotado pela política externa e o lançamento de programas sociais bombásticos mas ineficazes.
Porém, consolava-nos a hipótese - ainda que remota, considerando-se a atuação do PT no Rio Grande do Sul - de que este governo fosse, como promulgara em seus discursos, menos corrupto.
O primeiros sinais de que o barco fazia água começaram cedo, embora tímidos: a escapadela da ministra Benedita à Buenos Aires para um encontro religioso. Mas o episódio envolvendo o homem de confiança de José Dirceu acaba de colocar uma pá de cal sobre qualquer esperança.
E uma vez que não é mais ético do que qualquer outro que já tenha ocupado o Planalto, o governo atual apresenta-nos somente aquela face já prevista: a da morosidade, do discurso fácil, da tacanhice ideológica e da incompetência.
À despeito da máquina de propaganda que têm a seu dispor, penso que será muito difícil para este governo articular uma reeleição
sábado, 14 de fevereiro de 2004
Sinal de fumaça
Juíza a paulista condena empresas fabricantes de cigarro a indenizar por danos morais e materiais os fumantes e ex-fumantes daquele Estado que tiveram problemas de saúde.
Enquanto isso, em Brasília, a Câmara dos Deputados aprova o fim da prisão para dependentes de drogas. Agora caberá aos Juiz decidir se determinado portador de cigarros de maconha é traficante ou apenas usuário. Caso o magistrado decida-se por esta última hipótese, o flagrado leva apenas uma reprimenda verbal ou, em situações mais graves, uma pena em serviços comunitários.
Diante destas duas notícias, conclui-se que a idéia é fechar o cerco ao tabagismo e afrouxar o cerco às drogas.
Mas há , aqui, alguma coerência: se as indústrias de cigarro fecharem, ninguém vai reclamar o aumento do desemprego.
Estarão todos chapados demais para isso.
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2004
ISCAS BEM PASSADAS
Só pra não passar em branco
A prisão de Saddam fechou 2003 com chave de ouro. Aposto que, ali por outubro, às vésperas da eleição, vai ser a vez do Bin Laden. E ainda tem gente que acha o Bush burro.
Já o "dedo" do piloto americano não deu o menor ibope lá fora. Só aqui mesmo que este tipo de coisa vira notícia.
E vamos combinar: morri de vergonha daquele avião apinhado de brasileiros extraditados que desembarcou outro dia.
Esta história do "menino Irruan" não me cheira nada bem. Do jeito que foi feita a coisa, nota-se que ninguém está muito preocupado com o bem-estar do moleque. E tem uma pergunta que não quer calar: o pai deste menino tinha posses?
terça-feira, 10 de fevereiro de 2004
Diletos visitantes,
Mesmo que este não seja um espaço dedicado à minha produtiva - e, por vezes tediosa - vida, penso que cabe me desculpar pelo abrupto e longo silêncio.
Ocorre que, nos últimos setenta dias, estive às voltas com viagens e mudança de emprego. Tudo programado antecipadamente.
O que não estava no projeto, era a morte da minha laptop quatro dias antes da viagem.
Sem tempo para fazer mais nada, acabei deixando a dita, ou seja: me larguei mundo à fora sem micro.
Quem sabe o preço da hora em um cyber café entenderá não havia a menor condição desta que vos fala ficar blogando.
Aceitem minhas desculpas e eterno agradecimento pelas palavras de apoio.
De certa forma, não deixa de ser coerente que este meu gelado nariz se aquiete no verão.
Mas o que importa é que estamos de volta renovadas...eu, minha laptop e a caneca de café - que agora é do Wisconsin.
Abraços gerais