sexta-feira, 2 de julho de 2004

Quando as hienas enlouquecem.

Enquanto a Ana Paula Padrão, na quarta-feira à noite, externava docemente seu temor de que Saddam não seja tratado com justiça, as reações do mundo árabe divergem. O rei Abdullah, da Jordânia, diz que, se preciso for, enviará tropas ao Iraque para garantir a manutenção da ordem. Já a Al Qaeda emite novas ameaças contra a Europa, lembrando que o prazo três meses dado por Bin Laden termina em 15 de julho.

Talvez seja casualidade que as hienas tenham escolhido esta data para lembrar tal prazo. Mas creio que não. A imagem de um Saddam abatido - porém, com disposição suficiente para desafiar a justiça - deve ter promovido frisson na matilha.

Mas o que importa é que continuam a exigir o impossível, prometendo morte e destruição no caso de não serem atendidos.

Bobagem.

Esta gente já provocou morte e destruição na Espanha e nos EUA sem qualquer aviso.

Espera-se, então, que os governos europeus reajam a esta mensagem da mesma forma que reagiram à proposta de trégua emitida por Bin Laden em abril último: com um sonoro "vem que tem".

Mas eu realmente não acredito que a Al Qaeda venha a promover um ataque nas proporções que está prometendo - agora chegam sugerir que os muçulmanos deixem a Europa ou se abasteçam com mantimentos e dinheiro para um mês. A organização pode ser louca, mas não é burra: um ataque destas proporções seria a desculpa perfeita para que o ocidente "passasse o rodo".

Em outras palavras: todo mundo sabe o que se deve fazer com um cachorro louco.

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