sexta-feira, 13 de agosto de 2004

Eu não disse?

Disse.

Diversas vezes manifestei aqui os meus temores a respeito da cubanização do Brasil. Fosse pelo super- ministro terrorista de carteirinha, ou pelos conselhos de um Frei Beto que canoniza Che Guevara, ou, ainda, pelas constantes afrontas aos Estados Unidos - eterno bicho-papão dos empedernidos esquerdossauros que comandam nosso país.

Por mais de uma vez apontei com desconfiança para a simpatia de Lula à ditadura Castro, para seu compromisso com o Fórum de São Paulo e, principalmente, para seu total silêncio diante do desrespeito aos direitos humanos que grassa naquela ilhota onde o tempo parou.

E, agora, o que temos?

Uma proposta de "regulamentação" da imprensa através de um "conselho"...uma verdadeira "lei da mordaça" para os que gostam de adotar o vocabulário cubano.

Pois muito me admira o escândalo que tal proposta causou junto à imprensa.

Estão escandalizados porque? Não foram os primeiros a aplaudir a eleição do torneiro mecânico? Não correram a vestir gravatas e tailleurs vermelhos, tão logo acabou a contagem dos votos? Não comemoraram cada afronta aos Estado Unidos...cada miserável discurso do semi-analfabeto contra o "imperialismo" norte-americano?

E querem me convencer de que eram tão ignorantes a ponto de não perceberem para onde esta postura esquerdista rançosa nos levaria? Quiçá sonhavam com uma ditadura de esquerda onde - coisa inédita na história - a imprensa seria mantida intocável, feito classe privilegiada e apadrinhada pelo Estado. Impossível acreditar em tamanha ignorância por parte de quem se atribui a missão de "informar o povo".

Mas temos mais.

Temos a Lei do Audiovisual, que promete "regulamentar" - leia-se, "cercear" - não só o conteúdo produzido para o cinema e a televisão mas, também, para a internet.

E muito me admira a reação da classe artística a esta proposta.

Estão escandalizados porque? Pois não sabiam o quê estavam apoiando quando subiram no palanque com Lula? Não acorreram, em massa, ao programa eleitoral do PT para perseguir Regina Duarte e fazer pouco de seus "medos"? Não ficaram fascinados a ponto de criar, logo após a posse, uma novela chamada Kubanacan ou algo que o valha?

Se eu não estivesse tão preocupada com a garantia de nossos direitos civis, teria até algum prazer em ver toda esta pseudo- intelectualidade brasileira correr atrás do prejuízo.

Pois como diz o velho ditado lusitano: quem pariu Mateus que o embale.

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