terça-feira, 28 de junho de 2005

Mulherzinhas

Hoje à tarde, Fernanda Karina irá prestar depoimento no Conselho de Ética. A partir daí será possível vislumbrar se a moça não passa de uma oportunista em busca de fama e dinheiro ou se é um mulherão, daqueles com coragem suficiente para abalar a República.

Já com relação a Lady Di, se confirmadas as últimas revelações da imprensa, não haverá mais dúvidas: tratava-se de uma mulherzinha, no pior sentido do termo. Segundo a mais nova biografia, Diana teria explicado seu envolvimento romântico com John keneddy Jr. nos seguintes termos: "Nós começamos a conversar, uma coisa leva a outra, e terminamos na cama juntos."

Ninguém discute o sex-appeal do finado Kennedy Jr...Mas que uma conversa entre um homem e uma mulher leve, necessariamente, à cama é, além de uma utopia masculina, uma inverdade para a maioria das representantes do sexo feminino. Por trás deste triste estereótipo, está o mito masculino de que, entre um homem e uma mulher, não há qualquer possibilidade uma amizade sincera - mas apenas interesses de ordem sexual.

Isto até pode ser verdade para aquilo que eu costumo classificar como "mulherzinha": mulheres que vivem para realizar-se romanticamente e que, para além de uma marido provedor - e uma família de comercial de margarina - , não têm qualquer ambição na vida. Mulheres que choram no trabalho, dirigem mal e falam miando. Neste círculo, a elaboração intelectual mais avançada é conseguir rapidamente uma prole a fim de garantir, em caso de divórcio, uma gorda pensão.

Ocorre que elas são minoria. Hoje, a grande maioria das mulheres dirige bem, sabe que feminilidade não é sinônimo de fragilidade e tem ótimos amigos homens. Essas, ao contrário do que ocorreu à Diana, raramente são deixadas. Essas, ao contrário do ocorreu à Diana, não caem em transtornos alimentares só porque vivem sob pressão - e nem vêm chorar em público aquilo que não conseguiram manter na intimidade de seu lar.

sexta-feira, 24 de junho de 2005

O verdadeiro golpe anunciado.

Em sua coluna de hoje para a Folha, Nelson Motta comenta algo que tenho ouvido com alguma freqüência ao longo desta semana: que, diante das últimas denúncias de corrupção, milhões de brasileiros estão desiludidos com o atual sistema eleitoral.

Este tipo de conclusão rasteira simboliza a postura histórica da esquerda nacional: uma vez que foram democraticamente eleitos e fracassaram, apontam o próprio processo democrático como vilão. Nem lhes passa pela cabeça fazer uma auto-crítica e admitir que jamais estiveram preparados para o poder. Na lógica simplista da esquerda, se o PT não deu certo, ninguém mais dará.

Acho bom a imprensa abrir os olhos e não assumir para si este discurso derrotista em relação a instituições democráticas tão arduamente conquistadas. Manter o foco no problema é, agora, palavra de ordem. E o problema, amigos, não está no sistema. O problema está no PT.

Crise política paralisa blogs.

Os blogueiros brasileiros parecem estar na contra-mão de seus irmãos do norte. Se até as primeiras semanas de junho mostravam-se sempre ávidos em comentar a política nacional, agora, com raras exceções, estão submersos em um mutismo que dá o que pensar.

Ao contrário do que acontece nos EUA - onde qualquer turbulência política é motivo de intensa atividade nos blogs -, a crise provocada pelas última denúncias paralisou muita gente. Alguns refugiam-se em discussões teóricas que poderiam perfeitamente preencher momentos mais tranqüilos. Outros optam pelo simples silêncio - em um bom número de blogs, o último post data da primeira quinzena de junho. Há também aqueles que tentam vencer a paralisia postando artigos de figuras intelectuais nacionalmente reconhecidas. Mas poucos, muito poucos, estão emitindo uma opinião própria.

O fenômeno é curioso, já que um dos aspectos mais interessantes desta ferramenta é justamente a possibilidade de dar voz àqueles que não são prestigiados por grandes veículos de comunicação. E que cenário melhor para o debate, a inquietação intelectual e a opinião, senão aquele oferecido por uma crise?

Talvez a velocidade da coisa esteja pegando a todos de supresa - de modo que a grande maioria está evitando emitir opiniões precipitadas. É a morte anunciada do blog político nacional. Espero que em seus respectivos obituários os blogueiros sejam francos o suficiente para assumir que morreram de medo.

quinta-feira, 23 de junho de 2005

Imprensa em reformas

Outro dia me recomendaram o Blog do Noblat.

Passei por lá ontem à noite e encontrei o blog em plena mudança. Novo visual, rádio e banco de imagens.

Admirável é o tom pessoal que um jornalista renomado como o Noblat consegue manter no blog.

A internet está mesmo mudando a imprensa.

Prendam o autor...

Em seu pronunciamento à nação, o presidente esqueceu de avisar que um dos "poderosos" presos durante o seu governo foi o próprio autor do discurso desta noite: seu Duda Mendonça - que foi em cana, em outubro do ano passado, ao ser flagrado em uma rinha de galos.

O presidente deveria ter aproveitado a ocasião para explicar por qual motivo os responsáveis pela prisão de Duda Mendonça - o delegado e os dois agentes federais da Delegacia do Meio Ambiente e Patrimônio Histórico - foram transferidos e perderam as suas funções.

Dito isso, a falatório de hoje não passou de um punhado de palavras sem sentido jogadas ao vento. Força mesmo, tiveram os gritos de Duda Mendonça que, ao ser preso, avisou ao policiais: : ''Sou assessor do presidente!'' ''Sou amigo do Lula!'' ''Vou ligar para o Ministro da Justiça!''

terça-feira, 21 de junho de 2005

Manual de Exceção

Na edição de hoje, a Folha de São Paulo está trazendo trechos de uma entrevista que a ministra a Casa Civil concedeu, em 2003, à Luiz Maklouf Carvalho. Evidentemente, salta aos olhos a imensa coragem da jovem Dilma Rousseff ao enfrentar as barbáries perpretadas no subsolo da ditadura militar. E, em meio a este relato dramático - que faz reviver o período mais vergonhoso da nossa história - vêm à tona algumas das técnicas que a moçada, então ligada à guerrilha, utilizava para enfrentar as sessões de tortura. Eis alguns trechos:

"(...) Nos depoimentos, a gente mentia feito doido. Mentia muito, mas muito.(...) A gente tinha que fazer uma moldura e só se lembrar da moldura, da história que se inventava, e não saía disso. Tinha que ter uma história. Na relação do torturador com o torturado a única coisa que não pode acontecer é você falar "não falo". Se você falar "não falo", dali a cinco minutos você pode ser obrigado a falar, porque eles sabem que você tem algo a dizer. Se você falar "não falo", você diz pra eles o seguinte: "Eu sei o que você quer saber e não te direi". Aí você entrega a arma pra ele te torturar e te perguntar. Sua história não pode ser "não falo". Tem que ser uma história e dali para a frente você não sabe mais nada, não pode saber."

Imagino que esta técnica não tenha sido inventada pela dona Dilma mas, ao contrário, faça parte do conjunto de conhecimentos recebidos pela atual chefe da Casa Civil ao longo da sua militância na guerrilha urbana - e ao qual ela, justificadamente, recorreu no momento em que se viu diante de seus algozes.

Logo, eu poderia concluir que há toda uma geração de ex-revolucionários que domina a arte do interrogatório. E, conseqüentemente, poderia me perguntar sobre o quanto esta formação influencia o desempenho desta geração diante dos novos questionadores que ela atraiu para si no momento em que subiu ao poder.

É certo que não vivemos mais um regime de exceção - e nem a imprensa vai aos entrevistados munida de pau-de-arara. Mas também é verdade que, nos últimos tempos, temos vistos ex-combatentes da esquerda revolucionária negarem enfaticamente no café da manhã aquilo que são obrigados a admitir no almoço.

Projeções

Se confirmadas, as declarações de Maria Christina Mendes Caldeira são gravíssimas. Se for comprovado que Taiwan investiu na campanha presidencial brasileira, estaremos diante de uma bomba. Antes de mais nada, ficará comprovado o comprometimento do PT com interesses econômicos internacionais - até eu me espanto ao escrever a frase.
Depois, se considerarmos aquela visita presidencial à China - quando o governo brasileiro reconheceu os direitos do imperialismo chinês sobre Taiwan -, seremos obrigados a concluir que o PT roeu a corda - o que já não me causa qualquer espanto.

Manual de Exceção

Na edição de hoje, a Folha de São Paulo está trazendo trechos de uma entrevista que a ministra a Casa Civil concedeu, em 2003, a Luiz Maklouf Carvalho. Evidentemente, salta aos olhos a imensa coragem da jovem Dilma Rousseff ao enfrentar as barbáries perpretadas no subsolo da ditadura militar.

E, em meio a este relato dramático - que faz reviver o período mais vergonhoso da nossa história - vêm à tona algumas das técnicas que a moçada, então ligada à guerrilha, utilizava para enfrentar as sessões de tortura. Eis alguns trechos:

"(...) Nos depoimentos, a gente mentia feito doido. Mentia muito, mas muito.(...) A gente tinha que fazer uma moldura e só se lembrar da moldura, da história que se inventava, e não saía disso. Tinha que ter uma história. Na relação do torturador com o torturado a única coisa que não pode acontecer é você falar "não falo". Se você falar "não falo", dali a cinco minutos você pode ser obrigado a falar, porque eles sabem que você tem algo a dizer. Se você falar "não falo", você diz pra eles o seguinte: "Eu sei o que você quer saber e não te direi". Aí você entrega a arma pra ele te torturar e te perguntar. Sua história não pode ser "não falo". Tem que ser uma história e dali para a frente você não sabe mais nada, não pode saber."

Imagino que esta técnica não tenha sido inventada pela dona Dilma mas, ao contrário, faça parte do conjunto de conhecimentos recebidos pela atual chefe da Casa Civil ao longo da sua militância na guerrilha urbana - e ao qual ela, justificadamente, recorreu no momento em que se viu diante de seus algozes.

Logo, eu poderia concluir que há toda uma geração de ex-revolucionários que domina a arte do interrogatório. E, conseqüentemente, poderia me perguntar sobre o quanto esta formação influencia o desempenho desta geração diante dos novos questionadores que ela atraiu para si no momento em que subiu ao poder.

É certo que não vivemos mais um regime de exceção - e nem a imprensa vai aos entrevistados munida de pau-de-arara. Mas também é verdade que, nos últimos tempos, temos vistos ex-combatentes da esquerda revolucionária negarem enfaticamente no café da manhã aquilo que são obrigados a admitir no almoço.

segunda-feira, 20 de junho de 2005

Projeções

Se confirmadas, as declarações de Maria Christina Mendes Caldeira são gravíssimas. Se for comprovado que Taiwan investiu na campanha presidencial brasileira, estaremos diante de uma bomba. Antes de mais nada, ficará comprovado o comprometimento do PT com interesses econômicos internacionais - até eu me espanto ao escrever a frase.

Depois, se considerarmos aquela visita presidencial à China - quando o governo brasileiro reconheceu os direitos do imperialismo chinês sobre Taiwan -, seremos obrigados a concluir que o PT roeu a corda - o que já não me causa qualquer espanto.

domingo, 19 de junho de 2005

Batom, coragem e vergonha na cara.

Finalmente, a imprensa brasileira começa a dar espaço para as corajosas vozes femininas que ousam erguer-se contra o islã.

Nas páginas amarelas da última Veja, encontramos a entrevista de Ayaan Hirsi Ali - a roteirista de Submissão: Parte I, filme cujo diretor, Theo Van Gogh, foi assassinado por um fanático islâmico. Não intimidada pelas ameaças de morte que vem sofrendo, Ayaan declara:

"Posso afirmar, sem equivoco, que o Islã atual é incompatível com o estado de direito das democracias ocidentais. A sobrevivência das democracias ocidentais depende da sua vitalidade em defender os valores liberais. A escolha que o século XXI oferece aos muçulmanos é clara: modernidade ou regime tribal."

Já na Primeira Leitura de junho, a entrevistada é a historiadora iraniana Ladan Boroumand. Ao ser questionada sobre a possibilidade de negociação com os radicais islâmicos - a quem ela chama de islamistas - declara:

"Seria interessante listar as exigências dos islamistas para ver o que teria de ser negociado com eles. Vou me concentrar nas demandas dos islamistas iranianos ao Ocidente:

1)queremos que nos deixem violar direitos humanos no Irã e não nos importunem com isso;
2)queremos que nos deixem utilizar nossos recursos para impor nossa ideologia sobre os povos da região contra a vontade deles;
3)queremos que nos deixem destruir Israel;
4)queremos que nos deixem decidir o que vocês podem ou não podem publicar nas suas próprias democracias;"

Ambas acusam a esquerda ocidental de, em nome de um pseudo multiculturalismo, fazer vistas grossas à opressão feminina do islã - e Boroumand vai ao cerne da questão, evidenciando que esta simpatia da esquerda ao radicalismo islâmico se deve à sua clara inspiração leninista.

Exatamente como fez Oriana Fallaci logo após os atentados de 11 de setembro. Curioso pensar que, enquanto as duas primeiras estão sob ameaça de morte, a última foi judicialmente acusada de racismo. O que nos leva a concluir que, no que respeita ao 4º item apontado por Boroumand, o islamismo radical já venceu.

Batom, coragem e vergonha na cara.

Finalmente, a imprensa brasileira começa a dar espaço para as corajosas vozes femininas que ousam erguer-se contra o islã.

Nas páginas amarelas da última Veja, encontramos a entrevista de Ayaan Hirsi Ali - a roteirista de Submissão: Parte I, filme cujo diretor, Theo Van Gogh, foi assassinado por um fanático islâmico. Não intimidada pelas ameaças de morte que vem sofrendo, Ayaan declara:

"Posso afirmar, sem equivoco, que o Islã atual é incompatível com o estado de direito das democracias ocidentais. A sobrevivência das democracias ocidentais depende da sua vitalidade em defender os valores liberais. A escolha que o século XXI oferece aos muçulmanos é clara: modernidade ou regime tribal."

Já na Primeira Leitura de junho, a entrevistada é a historiadora iraniana Ladan Boroumand. Ao ser questionada sobre a possibilidade de negociação com os radicais islâmicos - a quem ela chama de islamistas - declara:

"Seria interessante listar as exigências dos islamistas para ver o que teria de ser negociado com eles. Vou me concentrar nas demandas dos islamistas iranianos ao Ocidente:

1)queremos que nos deixem violar direitos humanos no Irã e não nos importunem com isso;

2)queremos que nos deixem utilizar nossos recursos para impor nossa ideologia sobre os povos da região contra a vontade deles;

3)queremos que nos deixem destruir Israel;

4)queremos que nos deixem decidir o que vocês podem ou não podem publicar nas suas próprias democracias;"

Ambas acusam a esquerda ocidental de, em nome de um pseudo multiculturalismo, fazer vistas grossas à opressão feminina do islã - e Boroumand vai ao cerne da questão, evidenciando que esta simpatia da esquerda ao radicalismo islâmico se deve à sua clara inspiração leninista. Exatamente como fez Oriana Fallaci, logo após os atentados de 11 de setembro.

Curioso pensar que, enquanto as duas primeiras estão sob ameaça de morte, a última foi judicialmente acusada de racismo. O que nos leva a concluir que, no que respeita ao 4º item apontado por Boroumand, o islamismo radical já venceu.

sábado, 18 de junho de 2005

Novidade

Raymundo Arão ressuscitou e, de blog novo, forneceu uma resposta imperdível à atual crise do PT.

Sábado de Faxina

Acha que o país está uma imundície? Comece a fiscalizar aqueles que receberam seu voto. Na página da Câmara dos Deputados, você acompanha, mês a mês, os gastos dos excelentíssimos com verbas indenizáveis - aquelas em que eles fazem a despesa e depois cobram mediante a apresentação da nota.

Fica-se sabendo, por exemplo, que, no mês de maio, o Fernando Gabeira gastou R$ 4.641,96 de gasolina. Ainda estou tentando encontrar uma ferramenta semelhante no Senado Federal. Quem conseguir, me avise. Mas, para fiscalizar o que anda fazendo seu senador, vá direto aqui e clique sobre o nome.

Espero que a experiência não seja muito decepcionante

Sábado de Faxina

Acha que o país está uma imundície?

Comece a fiscalizar aqueles que receberam seu voto.

Na página da Câmara dos Deputados, você acompanha, mês a mês, os gastos dos excelentíssimos com verbas indenizáveis - aquelas em que eles fazem a despesa e depois cobram mediante a apresentação da nota. Fica-se sabendo, por exemplo, que, no mês de maio, o Fernando Gabeira gastou R$ 4.641,96 de gasolina.

Ainda estou tentando encontrar uma ferramenta semelhante no Senado Federal. Quem conseguir, me avise. Mas, para fiscalizar o que anda fazendo seu senador, vá direto aqui e clique sobre o nome.

Espero que a experiência não seja muito decepcionante.

quinta-feira, 16 de junho de 2005

Já que ninguém fala, falo eu.

Penso que só uma coisa faria alguém tão vaidoso quanto o Zé Dirceu pedir demissão: a necessidade urgente de garantir imunidade parlamentar.

E por acaso alguém reparou no quanto "eu não me envergonho de nada que fiz no governo do presidente Lula" é totalmente diferente de "eu nada fiz para me envergonhar" ?????? Ôhhh...Zé....Hein, Zé?...Hein, Zé?

Já que ninguém fala, falo eu.

Penso que só uma coisa faria alguém tão vaidoso quanto o Zé Dirceu pedir demissão: a necessidade urgente de garantir imunidade parlamentar.

E por acaso alguém reparou no quanto "eu não me envergonho de nada que fiz no governo do presidente Lula" é totalmente diferente de "eu nada fiz para me envergonhar" ??

Quem foi guerrilheiro, não perde a paranóia.

"Vou mobilizar o PT para dar combater aqueles que querem interromper o processo político e democrático e que querem desestabilizar o governo do presidente Lula".

Ôhhh...Zé....Hein, Zé?...Hein, Zé?

Contudo, me sinto mal.

Eu poderia dizer que avisei. Poderia comemorar os efeitos da crise sobre a eleição de 2006. Poderia, até, escrever com alguma ironia.
Contudo, me sinto mal.

Esta sensação estranha começou na última terça-feira à noite quando, comentando o mensalão com o filho de uma amiga, percebi que ele não lembrava do processo de impeachment do Collor. Olhei para aquele garotão de 18 e me dei conta de que já se vão 13 anos desde o ocorrido.

Meu primeiro sentimento foi de vergonha. Imensa vergonha. Naquela tarde, a televisão evidenciara que Brasília acolhe gente da pior espécie...Ainda...E exatamente como há treze anos.

Reflexo contínuo, fiquei aguardando a justificada reprimenda do garotão. Ela viria, segundo imaginei, em tom de brincadeira. Mas seria, antes de tudo, uma cobrança a respeito do quê nós, adultos, estivemos fazendo na última década.

Pois a reprimenda não veio - não sei se pela boa educação que ele recebeu da mãe...ou se pela péssima formação que recebeu na escola. E eu me senti pior ainda.

Uma visão histórica curtinha basta para concluir que não tomamos vergonha na cara. Continuamos votando em porcos. Seguimos chafurdando na lama.

Quem foi guerrilheiro, não perde a paranóia.

"Vou mobilizar o PT para dar combate aqueles que querem interromper o processo político e democrático e que querem desestabilizar o governo do presidente Lula".

Ôhhh...Zé....Hein, Zé?...Hein, Zé?

Contudo, me sinto mal.

Eu poderia dizer que avisei.

Poderia comemorar os efeitos da crise sobre a eleição de 2006. Poderia, até, escrever com alguma ironia.

Contudo, me sinto mal.

Esta sensação estranha começou na última terça-feira à noite quando, comentando o mensalão com o filho de uma amiga, percebi que ele não lembrava do processo de impeachment do Collor. Olhei para aquele garotão de 18 e me dei conta de que já se vão 13 anos desde o ocorrido.

Meu primeiro sentimento foi de vergonha. Imensa vergonha. Naquela tarde, a televisão evidenciara que Brasília acolhe gente da pior espécie...Ainda...E exatamente como há treze anos.

Reflexo contínuo, fiquei aguardando a justificada reprimenda do garotão. Ela viria, segundo imaginei, em tom de brincadeira. Mas seria, antes de tudo, uma cobrança a respeito do quê nós, adultos, estivemos fazendo na última década.

Pois a reprimenda não veio - não sei se pela boa educação que ele recebeu da mãe...ou se pela péssima formação que recebeu na escola. E eu me senti pior ainda.

Uma visão histórica curtinha basta para concluir que não tomamos vergonha na cara.

Continuamos votando em porcos. Seguimos chafurdando na lama.

quarta-feira, 15 de junho de 2005

Armas

Nos comments do último post, o Sombra comentou que os petistas do Orkut já estão falando em pegar em armas. Refería-se a uma nota do Cláudio Humberto. O mesmo Sombra se pergunta, então, se as armas entregues ao governo foram realmente destruídas. Penso que havia um sistema de controle - mas também não sei se ainda podemos confirar nos sistemas de controle deste governo. E mais: já que nao pagou o que devia, o que o PT fez com tanto dinheiro?

Por outro lado, Cuba já começou a abrir a latrina para colocar mais lenha na fogueira. Eu não duvido que a citação de Castro ao Brasil tenha sido encomenda de alguém...alguém muito bem quisto por lá e que andou fazendo uma descida forçada à planície.

terça-feira, 14 de junho de 2005

São três anos de blog sem baixar o calão, mas....

Será que aquele PUTEIRO da Comissão de Ética não sabe nem fazer silêncio????

A nova dominação cultural

Presidiários Paulistas degolam rivais e expõem cabeças
Não há nada parecido em Matrix...nem em Rambo, Duro de Matar, Exterminador do Futuro ou Cobra.
Então...de onde terá vindo esta moda da degola?

Bolão

a) O Jefferson é louco e jogou a bosta no ventilador sem provas.
b) O Jefferson disse que não tem provas porque temia um atentado - e vai apresentá-las hoje à tarde.

As apostas serão encerradas às 14 horas.

Sou camponês , cara pálida!

A patuléia anda em polvorosa. Ensaia-se, na Bolívia, mais uma revolução latino-americana. Exulta pois, o poviléu, na ânsia de ver repetir-se um 1910 - quiçá um 1959? Dorme o populacho, outra vez, o acalentado sonho europeu. Por isso são chamados camponeses...e não agricultores. Camponeses...e não lavradores. Camponeses...e não bolivianos. E , berrando contra a opressão estrangeira, seguem se auto-representando pela análise alemã de um episódio francês.

A Nova Dominação Cultural

Presidiários Paulistas degolam rivais e expõem cabeças

Não há nada parecido em Matrix...nem em Rambo, Duro de Matar, Exterminador do Futuro ou Cobra.

Então...de onde terá vindo esta moda da degola?

Bolão

a) O Jefferson é louco e jogou a bosta no ventilador sem provas.

b) O Jefferson disse que não tem provas porque temia um atentado - e vai apresentá-las hoje à tarde.

As apostas serão encerradas às 14 horas.

quinta-feira, 9 de junho de 2005

Sou camponês, cara pálida!

A patuléia anda em polvorosa.

Ensaia-se, na Bolívia, mais uma revolução latino-americana.

Exulta pois, o poviléu, na ânsia de ver repetir-se um 1910 - quiçá um 1959?

Dorme o populacho, outra vez, o acalentado sonho europeu.

Por isso são chamados camponeses...e não agricultores. Camponeses...e não lavradores. Camponeses...e não bolivianos.

E , berrando contra a opressão estrangeira, seguem se auto-representando pela análise alemã de um episódio francês.

segunda-feira, 6 de junho de 2005

HONESTIDADE ZERO.

MENSALÃO PARA TODOS.

Eis os dois únicos programas que este governo conseguirá implementar antes que termine o mandato.

Mandato que se encerrará em 2006, meus caros.

Aposto meus dentes da frente.

domingo, 5 de junho de 2005

A OEA reunida e eu aqui pensando.

Não vejo a hora de ver a Condoleezza cadear o Chávez.

Ironia

De 7 a 10 de junho, acontece em Brasília o IV Fórum Global de Combate à Corrupção.

Organizado pelo Governo Federal em colaboração com a ONU. Patrocinado pelo Banco do Brasil e pela Petobrás.

Só faltava ser patrocinado pelos Correios.

sexta-feira, 3 de junho de 2005

Florianópolis 40º

Não bastasse as altas temperaturas que assolam a região, Florianópolis está sob o calor de manifestações estudantis contra o aumento das passagens de ônibus. Na três últimas noites, as áreas centrais da cidade viveram momentos de extrema tensão.

Sou a primeira a defender o direito de manifestação do povo. A primeira a apoiar um movimento que objetive reduzir um dos mais altos custos de transporte coletivo do país.

Mas sou a primeira, também, a apoiar a ação rígida da polícia quando a coisa descamba para o quebra-quebra.

Pois saibam os amigos que, nos últimos três dias, quem pode evita o coração viário da cidade nos horários de rush. Isso porque os estudantes não estão hesitando em apedrejar carros civis, agências bancárias ou incendiar prédios públicos.

Segundo o comandante-geral da Polícia Militar, Bruno Knihs, a exemplo do que aconteceu no ano passado, pessoas de outras cidades e outros Estados estão vindo para cá e se infiltrando no movimento.É o exemplo típico de uma causa válida que se perde nas mãos de manifestantes de aluguel formados nas fileiras da esquerda circense.

O motivo pelo qual grupos de estudantes bem intencionados se tornam massa de manobra nas mãos de manifestantes profissionais já foi primorosamente explanado por Elias Canetti. A massa aberta, diz ele, é uma formação inconsciente que só quer crescer. O ruído provocado pelo quebra-quebra e a luminosidade do fogo são a forma extrema pela qual ela se anuncia - e busca captar novos adeptos. Ansiosa por viver o seu momento de descarga, espera apenas que alguém tome a iniciativa - ou dê o primeiro passo.

Portanto, parece que não há saída. Uma vez que estejam instalados os agitadores profissionais, vai haver violência. E, quando a violência se apresenta, à polícia só resta sentar o cacete.

quinta-feira, 2 de junho de 2005

Sobre Mark Felt

Ou: Por que se abrem as gargantas.

No século XX, ele falou só porque não foi nomeado para substituir J. Edgar Hoover.

No século XXI, só falou porque a filha o convenceu de que ganharia alguma grana com isso.

E por quê eu fico escrevendo de graça?

Pirraça com a Lúcia Guimarães.

quarta-feira, 1 de junho de 2005

Recebi por e-mail ontem.


É velha mas eu gosto.

Em recente entrevista, foi perguntado ao General Norman Schwartzkopf se ele achava que existia uma possibilidade de perdão para as pessoas que abrigaram e ajudaram aos terroristas nos ataques de 11 de setembro nos Estados Unidos.

A resposta : "Eu creio que a tarefa de perdoá-los cabe a Deus. A nossa é simplesmente arranjar o encontro."