sexta-feira, 12 de agosto de 2005

Entre erros e lágrimas.

Não era teaser. Duda Mendonça chutou mesmo o balde. Não inovou no estilo, já que lágrimas e voz embargada têm sido a marca desta crise. Mas, ao que tudo indica, abriu as janelas para uma boa lufada de sinceridade. Se eu tivesse a veia investigativa do Spyk, saberia que uma matéria publicada no Estado de Minas estava obrigando o publicitário a posicionar-se com urgência.

Não está errado, pois, o truculento deputado Arnaldo Faria de Sá, quando atribui a iniciativa de Duda a uma estratégia de marketing pessoal. Não significa dizer que Duda mentiu - e sim reconhecer que, enquanto especialista da área, ele identificou o momento exato de falar. Se mentiu ou omitiu, logo saberemos.

Reconheço, sem lágrimas, meu erro de cálculo. Não se pode dizer o mesmo da senadora Ideli, que foi vista choramingando pelos corredores da câmara ontem à tarde. Diferentemente dos prantos demagógicos que temos assistido, o dela era sincero. A fidelidade canina com que vinha defendendo o governo e o partido vai lhe custar caro.

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