domingo, 4 de setembro de 2005

New Orleans não é aqui

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Eu fico vendo aquelas cenas medonhas, de pessoas em franco desespero sendo resgatadas do tetos de suas casas, e me ponho a imaginar se algo assim acontecesse por aqui. E me dou conta de que o brasileiro é um sujeito teimosamente alegre e engenhoso.

Próximo passo, fico a visualizar a criançada brincando na água, dando pontas do alto dos prédios e improvisando regatas com pneus velhos. Fome não é problema quando se está acostumado a fazer um churrasquinho na laje. Que fosse de gato, de cobra ou de qualquer outra coisa que se possa fisgar em um anzol improvisado - quem se importa? E o fato é que cuícas, tamborins e pandeiros boiam com extraordinária facilidade. Eis que, enquanto o helicóptero não chegasse, teríamos um grande pagodão.

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