terça-feira, 29 de novembro de 2005

Quando o mensageiro vira alvo

Em tempos em que as denúncias são muitas - e as apurações das mesmas mostram-se frustrantes -, volta e meia aparece alguém sugerindo que os jornalistas sejam obrigados a revelar suas fontes. É aquela história de culpar o mensageiro pelo conteúdo da mensagem.

Hoje o assunto surgiu outra vez.

Este tipo de proposta - que fere a Constituição brasileira - apareceria com menos freqüência se alguns jornalistas tupiniquins não abrissem as fontes ao primeiro aperto, sob a justificativa de que, num regime democrático, este tipo de proteção já não se faz mais necessária.

Na primeira e mais tradicional democracia do mundo moderno, Bob Woodward e Carl Bernstein derrubaram um presidente sem denuciar o célebre " Garganta Profunda" - cuja identidade mantiveram em segredo por três décadas. Entre julho e setembro deste ano, a Jornalista Judith Miller, do New Yok Times, ficou presa por negar-se a revelar o nome da fonte.

Vai ver nenhum deles sabe o que é um regime democrático.

segunda-feira, 28 de novembro de 2005

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Eis-me.

Já que a minha identidade está em discussão, eis-me aqui, nos idos da década de 1970, em instantâneo para um periódico praiano.

Reparem o olhar determinado, de quem não vê a hora de abalar as estruturas da futura democracia nacional.

Notem, também, a impressionante destreza, já naquela idade, para lidar com cavalos.

Malvadeza ou ternura?

Leio lá no Blog do Josias de Souza que o senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) está trabalhando, em segredo, para evitar a cassação do Deputado José Dirceu.

Todo mundo sabe que não há freiras em casa de tolerância. Mas sugiro que o senhor esclareça logo este fato, senador. O tempo não perdoa ninguém e, em termos de carreira política, o senhor já está na prorrogação.

Como pretende ser lembrado?

domingo, 27 de novembro de 2005

Mais uma vítima de meliantes petistas.

Mais um blog que se posiciona contra o governo Lula foi atacado na tarde de hoje.

Desta vez, a vítima foi o Seguindo Pelo Lado Direito

Nossa solidariedade ao Beto.

E nosso total desprezo a esta militância que virou meliância.

Não deixem de clicar no link, pois ele evidencia a virulência do ataque.

sexta-feira, 25 de novembro de 2005

Guerra Suja

Algumas vezes, o leitor acha que exagero quando digo que estamos em uma verdadeira guerra ideológica.

Porém, ao longo dos últimos seis meses, conforme foi se aprofundando a crise ética em que meteu-se o atual governo, mais esta guerra foi tomando contornos assustadores.

De coleções de cadáveres, mortos em situações inexplicáveis, passando pelas tentativas oficiais de impôr alguma forma de controle sobre a liberdade de imprensa e culminando com o desfile de mentirosos profissionais nas CPIs, o Brasil cheira mal.

Não é de hoje, também, que assistimos à ação coordenada de petistas - posto que não há outro nome para definir àqueles que defendem o PT - em fóruns, blogs e salas de bate-papo da internet. Onde quer que haja alguém criticando o governo Lula, há uma verdadeira horda de militantes ensandecidos, fazendo uso dos golpes mais baixos para desmobilizar o debate.

Não se trata de cidadãos normais, cujo interesse por política os aproximou de espaços de discussão. Trata-se de uma verdadeira força tarefa, muito provavelmente paga, mas sem dúvida alguma treinada, que busca impedir o debate democrático.

Se o espaço em questão for um fórum de discussões ou um chat, eles atacam em bando, desqualificando e agredindo pessoalmente a todo aquele que ousar fazer críticas ao governo Lula. Se for um blog, eles podem simplesmente copiar toda a programação visual e, a partir de um endereço muito parecido,cloná-lo - invertendo totalmente o sentido da mensagem original. Ou então, promovem um verdadeiro ataque no espaço destinado aos comentaristas - e quem acompanha este blog sabe que tive que adotar a moderação de comentários justamente por ter sido vítima deste tipo de vandalismo.

Hoje à tarde, porém, esta alcatéia defensora do governo Lula afundou um pouco mais na própria sujeira: invadiram e deletaram todo o conteúdo do Blog Dá-lhe Reale, qua havia sido criado para apoiar o movimento pró-impeachment.

Por razões que não vêm ao caso agora, eu não apoio a idéia de um processo de impeachment. Mas estarei trabalhando, neste final de semana, para ajudar os amigos a reeguerem aquele blog. Porque pessoas honestas, que dispõem de seu tempo de descanso para defender aquilo em que acreditam, não serão caladas por uma meia-dúzia de micos amestrados do PT.

E se o Partido dos Trabalhadores se sentir ofendido com este post, que vá procurar saber quem é essa gente. Pois é em nome do PT que eles dizem estar lutando esta guerra suja.

Lula diz que assassinato de Celso Daniel foi planejado

O assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel (PT), executado no domingo após seu sequestro, foi planejado. É o que afirma o pré-candidato do PT à presidência, Luiz Inácio Lula da Silva.

(Matéria Publicada na Folha On Line, em 22/01/2002. Clique aqui para ler a matéria completa.)

quinta-feira, 24 de novembro de 2005

"Foi uma coisa imposta. Tínhamos que pagar. Ele ia para as reuniões armado, com revólver. E deixava claro que com poder não se brinca, se cumpre. Tínhamos medo de procurar ajuda."

(Rosângela Gabrili, descrevendo suas reuniões com o ex-secretário de Serviços Municipais de Santo André, Klinger Oliveira Souza.)

Klinger diz que ela mente para manter o contrato existente com a prefeitura.

Qualquer hora dessas, vamos concluir que todos mentem.

Aí teremos que optar pela mentira mais coerente.

quarta-feira, 23 de novembro de 2005

De véspera, nem o peru.

Ontem, o presidente Bush, cumprindo a tradição das comemorações do Dia de Ação de Graças, indultou Marshmallow - um peru de cerca de 16 quilos, criado em Minnesota, que agora vai passar umas férias na Disney.

No Brasil, o presidente Lula não se fez de rogado: indultou Antônio Palocci - Ministro da Fazenda, criado em Ribeirão Preto, que deve estar precisando de umas férias.

Bush declarou que é provável que Marshmallow esteja muito feliz por visitar a Califórnia. Lula afirmou que Palocci está "mais firme do que nunca".

Dizem as más línguas que o Deputado Aldo Rebelo, idealizador do "Dia do Saci", está inconsolável com esta americanização dos costumes.

segunda-feira, 21 de novembro de 2005

www.arapuca

Esta democracia que permite que você, a partir da sua casa, diga o que pensa ao resto do mundo, está incomodando uns e outros.

O desgastado mantra do combate à hegemonia norte-americana é a pedra de toque para a tentativa de entregar o controle da web a um órgão multilateral vinculado à ONU. Não se iludam: exceto pela União Européia, que aderiu à coisa na última hora, a maioria dos países que participam desta manobra querem é o fim da liberdade de expressão que caracteriza a grande rede - e que é apenas a versão em bytes da democracia americana. Ou é mero acaso que o movimento esteja sendo encabeçado por China, Irã e Cuba?

O Brasil não só apóia esta idéia como, também, começa a providenciar mecanismos de controle interno.

Um projeto de lei do senador Delcídio Amaral (PT-MS) - cujo relator é o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) - propõe o cadastramento dos internautas e o armazenamento das correspondências trocadas por um período de tempo ainda a ser definido - a proposta inicial era dez anos.

O projeto, segundo dizem seus defensores, nasceu com o fim único de reduzir os crimes praticados na web.

No entanto, uma análise superficial dos grandes crimes cometidos via web já demonstra que tal cadastramento é inútil. A maior parte dos sites de pedofilia e racismo - que, justificadamente, são alvos de investigações do Ministério Público Federal - estão hospedados em provedores no exterior, ou seja: fora da jurisdição brasileira. O outro crime mais comum, o roubo de senha e invasão de contas bancárias, não raro é praticado a partir de cyber cafés e demais locais públicos - onde a identificação dos usuários depende exclusivamente do sistema adotado pelo estabelecimento.

Então eu pergunto: se não vai resolver os grandes crimes, qual o objetivo de um cadastro desta natureza?

Melhor ficarmos alertas. Ou isto aqui, em breve, vai ser mais do que uma brincadeira.

Embalos de sábado

Reunidos no sábado, eles falaram muito em mudanças de rumo.

Mas, no final das contas, vão dançar a mesma coreografia de sempre: "Vamos restaurar valores utópicos de falar com esperança para o povo", declarou um. "Chega de realizações, queremos utopia.", concluiu outro.

É bobagem achar que estejam apostando na célebre falta de memória do nosso povo. Se pudessem, fugiriam deste discurso rapidinho.

Só que não podem. São prisioneiros de sua própia utopia.

Maestro, por favor, toque aquele samba de uma nota só.

domingo, 20 de novembro de 2005

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E já que não nos faria mal um pouco de transparência, que tal alguém começar a falar a verdade?

Sim...Ganhei uma máquina digital.

Agora me agüentem.

Direito de Resposta

Recebi, por e-mail e por comments, a nota abaixo, refente ao post do dia 16/11, "Constrangimento".

Ainda que nem a pessoa e nem a empresa de pesquisa para a qual ela trabalha tenham se identificado, estou postando a mesma na íntegra.

Eu que aqui escrevo fui uma das "pessoas" que fizeram a pesquisa no plenário, carregando as tais urnas que geraram tanta "espécie" em alguns parlamentares.

Os pontos a serem esclarecidos são os seguintes:

1) Não havia como entrar no Plenário sem credenciais a serem emitidas pela própria Câmara dos Deputados. Há seguranças da Câmara na frente do Plenário justamente para impedir que pessoas não autorizadas tenham acesso ao Plenário.

2) Eu e mais outro colega que me ajudou na pesquisa estávamos com as credenciais, que foram cuidadosamente analisadas pelo segurança da Câmara, e que nos deixou entrar. Logo, nossa entrada na Câmara não foi ilegal, como dá a impressão na nota emitida no site. Tanto é assim que fomos impedidos de realizar a pesquisa dentro do Plenário, mas não fora, segundo decisão emitida pelo próprio Primeiro-Secretário deputado Inocêncio Oliveira, uma vez que a pesquisa havia sido autorizada com antecedência pela mesa diretora da Câmara.

3) Abordamos de forma educada o deputado Sebastião Madeira. Este se sentiu "ofendido" com nossa presença e ameaçou de chamar a segurança para nos retirar do Plenário. Eu me antecipei e disse que nós iríamos nos retirar voluntariamente. E foi o que de fato fizemos.

4) Já fora do Plenário, cerca de oito seguranças nos abordaram, e constataram que não havia nada de errado com as nossas credenciais. Disseram que estávamos certos. Um dos seguranças levou o caso à mesa, e o que nos foi informado é que não poderíamos continuar a pesquisa no Plenário, somente fora. Dada essa informação, agimos dentro do que nos foi autorizado, de forma que não tentamos entrar novamente no Plenário.

5) O veículo que encomendou a pesquisa não foi a Folha de São Paulo, mas sim o jornal O Estado de São Paulo. Todos os deputados pesquisados foram informados de que a pesquisa era para o Estado de São Paulo, inclusive o deputado Sebastião Madeira.

Obrigado pela atenção,

Bruno H. (membro do grupo que fez a pesquisa na Câmara dos Deputados)

e-mail: b0328626@yahoo.com.br

sexta-feira, 18 de novembro de 2005

Enquanto isso, em um jornal de Portugal...

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Uma mente brilhante.

Eu não tenho dúvidas de que o Senador Eduardo Suplicy é uma das mentes mais brilhantes da constelação petista.

Dono de uma tranqüilidade rara no quadro político nacional, ele é capaz de quebrar totalmente o protocolo de uma CPI.

Com a mansidão de quem lê histórias para crianças, vai mandando para casa, um a um, aqueles que pretendiam inquirir o depoente.

E faz isso arrancando sorrisos gentis de seus pares.

Eles, os pares, mal se dão conta de que foram impiedosamente vencidos pela frieza calculada de um método. Um método no qual o Senador Suplicy é mestre incontestável.

quinta-feira, 17 de novembro de 2005

Sumiços.

Fiquei sabendo que o Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, estava desaparecido.

Enquanto isso, eu li o bom artigo do Cesar Maia para a Folha de São Paulo de hoje, falando da decisão do diretor João Moreira Salles em suspender a circulação do seu documentário Entreatos - aquele, que mostra a escalada do PT ao poder.

Eu não sou fã do Cesar Maia - e muito menos do Salles - mas concordo com o prefeito: querer, a esta altura, nos impedir de assistir ao planejamento da coisa toda, fica parecendo censura.

Já o sumiço do Sombra - que, ao que tudo indicava, estava tentando evitar o depoimento na CPI dos Bingos - ficaria parecendo confissão de culpa. Ficaria, porque - enquanto eu redigia este post - ele deu sinal de vida .

Agora só falta o Salles liberar as cópias de exibição e a distribuição em DVD do seu documentário.

Coragem, Salles.

Sala de cinema não é CPI. E ninguém vai usar o Entreatos como prova.

quarta-feira, 16 de novembro de 2005

Constrangimento

Hoje à tarde, enquanto o país voltava os olhos e os ouvidos para o teatro armado lá na Comissão de Assuntos Econômicos, o Plenário da Câmara vivia uma situação peculiar: duas pessoas, carregando duas urnas, pediam que os parlamentares votassem, secretamente, na cassação de José Dirceu.

Como se sabe, há um Regimento Interno, que proíbe acesso às dependências do Plenário de pessoas que não sejam parlamentares ou funcionários devidamente credenciados para tal.

Abordado pela misteriosa dupla, o Deputado Sebastião Madeira (PSDB-MA) solicitou ao Deputado Inocêncio Oliveira (PL-PE), se a eles tinha autorização para tanto. Inocêncio, na qualidade de Primeiro Secretário, informou que tinham autorização para realizar a pesquisa, sim - mas que a mesma não deveria ser feita com o uso de urnas.

O Deputado Madeira ainda protestou, chamando a atenção para o constrangimento da coisa. Mas não adiantou muito.

Conforme afirmação do Deputado Inocêncio, tratava-se de uma equipe da Folha.

E o pulso, ainda pulsa...

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Todos a postos para auscultar Dr. Palocci.

O encontro foi antecipado a fim de evitar uma hiperstensão do mercado.

Mas o diagnóstico será definitivo para determinar o tempo - e a qualidade - de sobrevida do governo Lula.

Respirem fundo. E repitam comigo: "tlinta e tlêiff".

terça-feira, 15 de novembro de 2005

Café com a Ministra

Exceto pelo já batido jargão de palanque - "uma verdadeira revolução", "um problema histórico", "uma extraordinária novidade" - tivemos, na última segunda-feira, o primeiro Café com o Presidente totalmente produzido pela nova cozinha, onde apita a copeira e ex-ministra de Minas e Energia Dilma Roussef.

Sintomático que o cardápio do dia tenha sido o apagão. Já a economia - até então, o prato predileto de Lula - ficou esquecida na despensa.

Hoje é terça.

É dia de postar mais de mil caracteres com a bênção do bispo.

sábado, 12 de novembro de 2005

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Mais pesado que o ar.

Há exatos 99 anos, no entardecer de 12 de novembro de 1906, o brasileiro Santos Dumont pilotava o seu 14-Bis, superando o recorde mundial de vôo. A aventura durou 21,2 segundos. Foram percorridos 220 metros de distância, a uma altura de 6 metros do solo e em velocidade média de 41 Km/h.

Símbolo de uma República recém nascida, de um Brasil que queria ingressar na modernidade, Dumont deu asas às esperanças nacionais. Era a genialidade do indivíduo superando as leis da física.

Hoje, a esperança nacional morre um pouco a cada dia nas mãos daqueles que prometeram resguardá-la.

Partidários ideológicos do coletivismo extremado, eles acabaram por entregar o manche da nação a um déspota iletrado. E, todos os dias, os jornais mostram que nossos recursos estão sendo dilapidados por uma gentinha da qual ninguém jamais tinha ouvido falar. São rostos e nomes estranhos, até então ocultos na obscuridade daquele ideal coletivo que quiseram nos empurrar goela abaixo - e que, hoje, sabemos que serve apenas para diluir as culpas e impossibilitar as punições.

Estamos, como o 14 Bis naquela tarde distante, a seis metros do solo. Pesa sobre nós a mão daqueles cujo único feito foi jogar esta nação na lama.

A diferença é que, em política, a lei da gravidade não pode ser desafiada. Se não chutarmos esta gente para fora da aeronave, vamos nos espatifar no chão.

sexta-feira, 11 de novembro de 2005

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MEMORIZE E DÊ DESCARGA.

PMDB:

ANN PONTES (PA), ALEXANDRE MAIA (MG), ALMERINDA DE CARVALHO (RJ) ,CABO JULIO (MG),CARLOS WILLIAN (MG) GILBERTO NASCIMENTO (SP),JAIR DE OLIVEIRA (ES) ,MARIA LÚCIA CARDOSO (MG), MAURO BENEVIDES (CE)

MAURO RIBEIRO LOPES (MG), MAX ROSENMANN (PR) ,MARCELLO SIQUEIRA (MG), NELSON TRAD (MS) ,MOACIR MICHELETTO (PR) ,OSVALDO BIOLCHI PMDB - (RS) ,PEDRO IRUJO (BA),PEDRO NOVAIS (MA), REINHOLD STEPHANES (PR)

ROSE DE FREITAS (ES), TAKAYAMA (PR), WILSON JOÃO CIGNACHI (RS).

PTB:

ALEX CANZIANI - (PR),EDNA MACEDO (SP), JEFFERSON CAMPOS - (SP) , JOSÉ CHAVES (PE)JOSUÉ BENGTSON (PA),

LUIZ ANTONIO FLEURY FILHO (SP),NELSON MARQUEZELLI (SP), MILTON CARDIAS (RS), PASTOR REINALDO (RS)

RICARDO IZAR (SP).

PSB:

JÚLIO DELGADO (MG) ,PASTOR FRANCISCO OLÍMPIO (PE),MARCONDES GADELHA (PB), EDINHO MONTEMOR (SP)

PDT:

SEVERIANO ALVES (BA), ÁLVARO COSTA DIAS (RN), MAURÍCIO QUINTELLA (AL), RODOLFO PEREIRA (RR).

PL:

CORONEL ALVES (AP), JÚNIOR BETÃO (AC) INALDO LEITÃO (PB) ,INOCÊNCIO OLIVEIRA (PE)

OUTROS PARTIDOS:

JOSÉ LINHARES (PP - CE),MARCELO ORTIZ (PV - SP), EDMAR MOREIRA (PFL - MG) , ATILA LIRA - (PSDB - PI), JOSÉ DIVINO (PMR - RJ), JOAQUIM FRANCISCO - (PFL - PE).

quinta-feira, 10 de novembro de 2005

Duelo

Hoje, em Florianópolis, às 19 horas.

Na Assembléia Legislativa, Lúcia Hipólito lança o seu Por dentro do Governo Lula. Na Livraria Catarinense do Beira-Mar Shopping, Paulo Markun autografa Meu Querido Vlado.

É o biógrafo do rei versus a pitonisa da crise.

Previsão do Tempo

O sol ameaçava aparecer entre as nuvens. Dizem, até, que alguém do palácio verificou o estoque de protetor solar.

No início da tarde, porém, entrou uma frente fria: o ex-ministro dos Transportes, Anderson Adauto, afirmou que dinheiro gelado é com ele mesmo.

Por volta das dezoito horas, um pé de vento trouxe os extratos da operação Visanet. Mais um pouco e uma nuvem negra pairava sobre o céu de Brasília: vazaram informações de que o presidente esteve pessoalmente envolvido na operação que pretende calar Soraya Garcia.

Nem adianta culpar os meteorologistas. É a natureza deste governo que não ajuda.

quarta-feira, 9 de novembro de 2005

Nunca se sabe.

Desde o dia 22 de setembro, o site da ONG Repórteres Sem Fronteiras está disponibilizando, on line, um manual para blogueiros.

A idéia é fornecer técnicas e práticas que possam garantir não só o sucesso do blog como, também, o respeito a normas éticas básicas. A preocupação maior, porém, é preservar a segurança dos blogueiros que vivem em países onde falar a verdade significa correr risco de vida.

A organização entende que, em determinadas circunstâncias, somente o anonimato de um blog pode garantir a total liberdade de expressão.

Por enquanto, apenas a versão em inglês está disponível. Mas vale à pena conferir.

Em país onde se processa a Revista Veja por motivos políticos, quem tem blog tem medo.

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" Eles devoram vidas humanas; tomam tesouros e coisas preciosas; multiplicam as suas viúvas."

(Ezequiel, 22:25)

terça-feira, 8 de novembro de 2005

Calçada da Fama - para Ricardo Noblat.

Quando a casa se mantém iluminada, fica fácil encontrar o caminho de volta.

Alucinação

E lá estava aquele homenzinho apequenado, quase sumido, no cadeirão de couro, o terno esturricado na região do abdômen, as perninhas miúdas demais para o corpo abaloado.

Erraram a mão na maquiagem - ou foi a iluminação de improviso que provocou aquele efeito avermelhado?

E como ele sibilava! Como apertava as mãozinhas, uma na outra, deixando-me saber seu nervosismo. Mas foi no olhar agitado, no desvario daquelas pupilas negras, que melhor adivinhei a tensão contida, a iminência de uma desagradável explosão.

Foi isto que eu vi ontem. Espero nunca mais ver

segunda-feira, 7 de novembro de 2005

Velho truque.


O governo Lula não fez absolutamente nada até agora. Não melhorou a saúde ou a educação, não construiu um metro de estrada e não deu início a qualquer grande obra - pelo menos, não no Brasil. O Fome Zero é um fiasco e o Bolsa Família uma vergonha.

Dizem por aí que esta inércia não é fruto da incompetência e, sim, da estratégia política mais velha do mundo republicano: segurar as verbas para detonar no ano eleitoral. Concentrar as realizações no último ano de governo é uma forma eficaz - e não regulada pelo TSE - de combater as críticas da oposição mediante a geração de notícias positivas.

A tese - que chega a ser tediosa de tão comum - é bastante plausível.

Resta saber se a imprensa vai embarcar neste novo engodo eleitoral.

Tradução Simultânea.

"Por isso, criminosos e 'barões da droga' não podem ser mais poderosos que o próprio governo, pois, desse modo, não pode haver democracia nem liberdade".

(Limpe a casa)

Alguns dizem que a democracia já não é mais útil, mas, na América, ela é indispensável para a garantia dos direitos humanos."

(Limpe a casa)

"Os governos têm de ser fortes, ouvir os seus povos e não podem desperdiçar recursos. Os governos em todo o hemisfério têm que se livrar da corrupção".

(Limpe a casa)

domingo, 6 de novembro de 2005

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A coisa tá ruim, Chirac?

Faz o de sempre...Chama os marines.

Foram perguntar à beata se ela gosta de missa...

Entrevistado pela Agência Nordeste, Fernando Collor declarou : "Nesse quadro aí, em que nada se comprove contra Lula, voto em Lula".

E eu fiquei me perguntando por qual motivo foram entrevistar o Collor.

Seu conceito de ética não ficou bem claro quando era ele a ocupar a presidência?

sábado, 5 de novembro de 2005

Na Argentina, pacifistas protestam contra Bush.

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Acusam Bush de ser muito belicoso.

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E querem garantir a você, leitor, um mundo mais seguro.

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sexta-feira, 4 de novembro de 2005

Sinta-se em casa, senhor presidente.

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Mas não repare, viu?

O Sr. está chegando bem no meio da faxina.

Os móveis estão de pernas pro ar, os tapetes revirados e toda a nossa sujeira à mostra.

Atarantados, ratos e baratas correm em plena luz do sol. Fazem tanto barulho, que o senhor não conseguirá ouvir a voz de um povo que tem por tradição a gentileza e a hospitalidade.

Fique, no entando, tranqüilo.

Na sua próxima visita, a casa estará limpa.

quinta-feira, 3 de novembro de 2005

O povo não será grampeado.

Parlamentares não deveriam proferir ameaças de agressão física a um presidente. Mas parlamentares também não deveriam ser grampeados. Ocorre que entre os políticos que queremos e aqueles que temos, vai uma grande distância. É a mesma que separa o país que sonhamos daquele onde vivemos.

O brasileiro - este que, todos os dias, dirige impropérios a parlamentares e presidentes na intimidade de seu lar - é, até agora, um mero espectador desta crise. Às vezes, ao encontrar um parlamentar, o povo manifesta sua indignação de forma individualizada. Pelo menos é isso que nos contam os próprios deputados e senadores, sempre que mencionam os e-mails recebidos, as experiências de visitas às bases e os protestos emitidos, com discrição, nos aeroportos.

Para além das tentativas fracassadas de promover manifestações artificiais, não houve, desde o início desta crise, qualquer protesto genuinamente popular. Na verdade, se nos perguntarmos quantas vezes algo assim aconteceu na história do país, ficaremos surpresos com a baixa incidência de participação popular na vida política nacional.

Aí o leitor vai me dizer: "Mas nós estamos falando. Eles é que não ouvem!".

Não ouvem porque não sabemos fazer mais do que resmungar pelos cantos. Trocamos e-mails e escrevemos em blogs. Reclamamos com o padeiro e com a secretária. Nos indignamos na mesa do bar e em torno da cafeteira. Somos sumidades em política depois do jantar, discursando lindamente - para o desespero dos garçons que querem ir para casa. Mas não sabemos nos fazer ouvir.

Dirão alguns que sempre há a voz das urnas.

Verdade.

Ocorre que, quando chegamos às urnas, só nos resta optar.

É preciso se fazer ouvir antes das urnas, no momento exato em que as opções estão sendo definidas. É preciso mostrar uma indignação que não deixe dúvidas sobre o que pensamos. E eu não estou defendendo violência, desordem ou revolução. Estou apenas sugerindo que o brasileiro pare de cochichar e assuma o seu lado Arthur Virgílio: que levante a voz, erga o dedo em riste e ameace com tabefes sempre que o assunto for política.

O estilo não é bonito, eu sei. Mas se funciona lá em Brasília, deve funcionar aqui também. No mínimo para provocar algum ruído - algo que consiga fazer com que os microfones girem na nossa direção, mostrando que nós, a exemplo do senador, estamos dispostos a perder a linha.

Falar à meia-voz, sem teatralidade, como temos feito até agora, não vai adiantar.

Ninguém quer nos ouvir. Ninguém vai nos grampear.

quarta-feira, 2 de novembro de 2005

Apologia às drogas

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Enganam-se os que pensam que aquele Maradona magrinho, que está prestes a ingressar na comissão técnica da seleção Argentina, livrou-se das drogas.

Além de entrevistar Fidel Castro na última edição do "La noche del 10", o ex-craque está encabeçando os protestos contra a presença de George Bush na IV Reunião de Cúpula das Américas, que acontece em Mar del Plata.

Maradona - que tem Che Guevara e Castro tatuados no corpo - sempre contou com a benevolência cubana para apoiar suas causas pessoais. Não espanta, portanto, que se mostre partidário do alucinógeno discurso anti-americanista.

O que me admira é que ainda não tenha feito uma tatuagem do cocaleiro boliviano Evo Morales. Para esta, deve estar reservando a ponta do nariz.

terça-feira, 1 de novembro de 2005

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Em Brasília, dezenove horas e um minuto.

A Inimiga do Povo. (V)

Ontem, na tribuna do Senado, Ideli Salvatti mostrou, mais uma vez, porque que é a grande matrona da tropa de choque do governo federal.

Referindo-se às denúncias de que Cuba financiou parte da campanha de Lula, a Senadora declarou que o crime "ainda que seja comprovado, está prescrito".

Senadora, senadora...o que não valeu para Eduardo Azeredo, não vai valer para Lula. Também não valerá para aquela questãozinha dos seus outdoors.