E lá estava aquele homenzinho apequenado, quase sumido, no cadeirão de couro, o terno esturricado na região do abdômen, as perninhas miúdas demais para o corpo abaloado.
Erraram a mão na maquiagem - ou foi a iluminação de improviso que provocou aquele efeito avermelhado?
E como ele sibilava! Como apertava as mãozinhas, uma na outra, deixando-me saber seu nervosismo. Mas foi no olhar agitado, no desvario daquelas pupilas negras, que melhor adivinhei a tensão contida, a iminência de uma desagradável explosão.
Foi isto que eu vi ontem. Espero nunca mais ver
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