sábado, 12 de novembro de 2005

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Mais pesado que o ar.

Há exatos 99 anos, no entardecer de 12 de novembro de 1906, o brasileiro Santos Dumont pilotava o seu 14-Bis, superando o recorde mundial de vôo. A aventura durou 21,2 segundos. Foram percorridos 220 metros de distância, a uma altura de 6 metros do solo e em velocidade média de 41 Km/h.

Símbolo de uma República recém nascida, de um Brasil que queria ingressar na modernidade, Dumont deu asas às esperanças nacionais. Era a genialidade do indivíduo superando as leis da física.

Hoje, a esperança nacional morre um pouco a cada dia nas mãos daqueles que prometeram resguardá-la.

Partidários ideológicos do coletivismo extremado, eles acabaram por entregar o manche da nação a um déspota iletrado. E, todos os dias, os jornais mostram que nossos recursos estão sendo dilapidados por uma gentinha da qual ninguém jamais tinha ouvido falar. São rostos e nomes estranhos, até então ocultos na obscuridade daquele ideal coletivo que quiseram nos empurrar goela abaixo - e que, hoje, sabemos que serve apenas para diluir as culpas e impossibilitar as punições.

Estamos, como o 14 Bis naquela tarde distante, a seis metros do solo. Pesa sobre nós a mão daqueles cujo único feito foi jogar esta nação na lama.

A diferença é que, em política, a lei da gravidade não pode ser desafiada. Se não chutarmos esta gente para fora da aeronave, vamos nos espatifar no chão.

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