domingo, 13 de agosto de 2006

Dez horas depois, Marcola é rei e a Globo é frouxa.

Ao sucumbir à ameaça do PCC - exibindo o vídeo na esperança de preservar a vida do jornalista Guilherme Portanova - a Globo selou um pacto de coação com o grupo terrorista.

Daqui para frente, não terá outra saída a não ser reforçar a segurança de seus profissionais - e rezar para que ela seja capaz de impedir que Marcola ganhe um programa semanal na emissora.

Dura verdade. Triste verdade. O jornalista Guilherme Portanova poderia ser apenas mais uma vítima da violência urbana. Com a exibição do vídeo, foi elevado à categoria de primeira vítima oficial do neo-terrorismo brasileiro - aquele surgido pós-ditadura militar.

Não se sucumbe ao terrorismo. Não se negocia com criminosos. Eles não têm palavra. Pena que isto só ficará bem claro conforme as horas forem passando sem que Guilherme Portanova seja libertado.

Já se passaram dez horas e 20 minutos.

4 comentários:

Eliane Moura disse...

A Globo ajudou a eleger o Lulla em troca de bilhões pra pagar uma dívida impagável. E quer reeleger o Lulla, que se dane o país.
A minha mãe - que descanse em paz - dizia que "Quem pariu Mateus que o embale".
Agora, que a Globo sente e chore.
Que ninguém espere desse "governo" alguma medida anti-terrorista. Lulla acha que as FARC não são terroristas e que no hezbolah só tem anjinho.
O PCC, quer o PT no governo. Resta saber se o povo vai fazer a vontade do PCC.

jose carlos disse...

Não concordo com a frouxidão da Globo! A emissora fez o que deveria, nas atuais circunstacias! Me apavora é a falta de confiança na Policia Paulista!
Ninguem mais confia na reação do Estado!

Ministro x Governador, Candidato x Candidato e a sociedade abandonada!

Então o jeito é se virar sozinhos e tomar as decisões conforme nossas conciencias!

Robson disse...

O seqüestro como instituição do crime...
Alguém se lembra de Meneghetti? Foi-se o tempo...
A prática de seqüestro não é algo recente na história da humanidade, muito menos no Brasil.
Desde os de cunho político aos chamados "relâmpagos" em caixas eletrônicos de bancos, os seqüestros viraram cena do cotidiano neste BraZil.
Mas não perde suas características: o terror (do indivíduo ou da população) e o lucro (em moeda sonante, ideário ou alguma forma de poder).
Seqüestrador, portanto, foi, é e sempre será terrorista, independente do grau.
Seqüestrador, portanto, foi, é e sempre será um covarde que se vale mais da palavra de força do que da força da palavra. (Não se iludam com o sofisma dos discursos).
Seqüestrador, portanto, foi, é e sempre será um ladrão, seja de dinheiro, idéias, poder, mas especialmente da liberdade alheia.
Seqüestrador não quer direitos iguais, muito menos Estado de Direito. Quer que a vontade dele, seqüestrador, prevaleça sobre as outras vontades.
Negociar com seqüestrador é humanitário? Se pensarmos na vida do seqüestrado, do indivíduo, sim. Se pensarmos que ao negociar com um seqüestrador, se fortalece a idéia que o terror está acima das instituições e da sociedade, ainda mais permanecendo impune o autor do seqüestro, o Velhinho começa a duvidar desse sentimento humanitário.
Dos tempos de Meneghetti para cá, conceitos do certo e do errado,valores, ética e moral mudaram. Não sei se para melhor.
E durma-se com um barulhos desses....

Tambosi disse...

Nariz Gelado,

volto aqui depois de longo tempo. Através de amigo, soube da discordância sua com o Noblat. Desculpe a franqueza, mas é um progresso. O "Cubano", como diz o Sombra, cala sobre muita coisa. Não leio os blogões, simplesmente porque nada me têm a dizer. Gosto dos bons blogueiros (e eles não são ligados à imprensa, i. é, não são oficiais). Então, bem-vinda à blogosfera livre da imprensa tradicional.

Abraço

(N.G.: Tambosi, eu faço parte da "esfera livre dos blogs" desde março de 2003 - embora nunca tenha feito parte da imprensa, seja ela profissional ou não. Não é a primeira vez - e nem será a última - que tenho opiniões diferentes daquelas apresentadas pelo Noblat. Mas, diferentemente do que acontece com muitas pessoas, não transformo isso em uma questão passional. Abraços, NG).