Outro dia, afirmei que, ao contrário de 1968, que culminaria com o AI5, o ano a ser comemorado é 1988. Porque me parece óbvio que o retorno do país à democracia, mediante a promulgação de uma Carta Magna que nos devolveu os direitos individuais e acabou com a censura, é muito mais digno de nota.
Mas, talvez porque a Constituição de 1988 tenha, ao longo do tempo, apresentado inúmeros problemas; talvez porque tornou-se lugar-comum entre os economista falar da década de oitenta como "década perdida", esta efeméride parece que vai passar em branco - suplantada, simbolicamente, nos meios intelectuais, pelo aniversário de 40 anos da passeata dos 100 mil.
Não neste blog.
Aqui vamos comemorar, sim, o ano em reconquistamos o Estado de Direito. Comemorar e, conforme você pode ver no selinho acima, defender a manutenção daquele que certamente é um valor maior daquela conquista: o fim da censura.
A partir de hoje, e até o final deste ano, este blog vai reviver os momentos mais significativos daquele 1988. Sem periodicidade definida, mas com muita emoção, vamos lembrar o que de mais importante aconteceu na política, nas artes, nos esportes, e nas diversas manifestações culturais.
E já que hoje é domingo, esta série começa lembrando aquela madrugada de 30 de outubro de 1988, quando Ayrton Senna conquistou, no Japão, seu primeiro campeonato mundial. De quebra, aproveito e faço uma média com minha mana, que era fã do cara. Quem não era?
Ps.: quer participar desta série? Envie sugestões de imagens, notícias, artigos, músicas ou vídeos para nariz.gelado@uol.com.br, com o título "1988".
[youtube http://www.youtube.com/watch?v=JxBjl45pzG8&hl=pt-br]
4 comentários:
NG,
O video está com problemas.
Ao tentar assistir, aparece a mensagem: "Sorry, but this video is not available".
:o(
(N.G.: oi, Kika, já troquei o link para outra versão.Obrigada pelo aviso. Não sei porque, às vezes, acontece isso. Na hora em que testo o link, está ok. Alguma horas depois, torna-se "not available". Vamos ver se agora a coisa fica.)
Nariz !!!
Obrigada por esse belo presente, estou em lágrimas, emocionadíssima.
Eu adorava o Aírton!
Também fui às lágrimas.
Saudades eternas de nosso grande ídolo.
Obrigado, Nariz!
Censura nunca mais e terrorismo também, nunca mais.
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