quarta-feira, 4 de junho de 2008

E o réu rides again

Não tem jeito... O réu-por-formação-de-quadrilha mais influente do país não quer saber de "Dilma 2010". E, ao que parece, está disposto a jogar toda a podridão do governo no ventilador para evitar que a mãe do PAC vire mãe da nação.

Denise Abreu, a charuteira e ex-diretora da ANAC que ganhou fama com o caos aéreo, está dizendo, no Estadão de hoje, que foi pressionada por Dilma Rousseff e sua fiel escudeira, Erenice Guerra, a favorecer venda da VarigLog e da Varig ao fundo americano Matlin Patterson e aos brasileiros Marco Antônio Audi, Marcos Haftel e Luiz Gallo.

Detalhe para quem já esqueceu: tanto quanto José Aparecido, aquele que ficou famoso porque enviou o dossiê "por engano", Denise Abreu é considerada uma cria de José Dirceu - ainda que ela, como boa pupila que é, tenha repelido tal associação durante a CPI do Apagão no Senado.

3 comentários:

Luis Hamilton disse...

Neste caso, você deveria estar feliz com o Dirceu, né? Dando munição para a oposição e detonando uma candidata mais-ou-menos do PT! heheh....

Brincadeiras a parte, este assunto é sério, foi uma das maiores trapalhadas deste governo. Se a oposição quer algo sério para discutir, ao invés de ficar no diz-que-é-banco-de-dados-que-eu-falo-dossiê, taí um assunto que poderia não só render frutos políticos, mas também colaborar para resolver alguns problemas fundamentais do país (se é que eles estão interessados nisso): o transporte aéreo, a influência de grupos privados sobre instâncias de governo, a falta de planejamento e visão estratégica, etc...

Abraço.

Ruy disse...

Perfeito, Nariz. Acho que a "leitura" da coisa é exatamente essa. Um beijo.

Jorge Nobre disse...

Eu não sei se isso é uma boa notícia, Nariz. Você acha que a Dilma teria alguma chance, mesmo com apoio firme do molusco?

Queimar a Dilma não prejudica o PT tanto assim.

E se for verdade que o terrorista que virou lobista não quer a terrorista que virou tecnocrata, então isso confirma um velho dito: "Se os poderosos não brigassem, o povão nunca ficaria sabendo de nada"

Continua valendo, pelo jeito.