quinta-feira, 17 de julho de 2008

Cruzes

"São erros que a gente está corrigindo para nos policiar. Houve a presença da imprensa aqui em São Paulo. Falhou, quem falhou? Queiroz falhou porque o Dr. Troncon me depositou e eu firmei compromisso com ele, mas falhou ao meu controle".

(Protógenes Queiroz, em gravação feita durante a reunião em que foi decidido o seu afastamento da Operação Satiagraha).

Eu detesto purismo - principalmente quando se trata de falar.

Eu, aliás, penso que falar com todos os esses e erres, no dia-a-dia, soa extremamente pernóstico. Uma coisa pedante mesmo, própria de gente muito chata. Mas eu, sinceramente, ando impressionada com essas transcrições de diálogos. Porque a coisa está medonha.

Vejam o exemplo acima... É algo que deixa a gente se perguntando a respeito do alto grau de dificuldade que usualmente se atribui aos concursos da Polícia Federal - eu nunca participei de um para saber, mas sempre ouvi dizer que é coisa que exige quatro ou cinco anos de estudos, que ninguém passa de primeira, etc e tal.

Então, não era de se esperar que tanta dedicação resultasse na seleção de pessoas que saibam se expressar - ou, pelo amor da santa querupita!, pelo menos se fazer entender?

2 comentários:

Cristal disse...

Nuncantenestepaiz se viu tal diálogo... neste pais de petralhas tudo é possível.
Delegado = Presidente da República

C. Mouro disse...

Não importa tanto o que vai nas provas, mas sim quem recolhe as questões para monta-las.

Esses alguéns hão de ser desligados de partidos e ideologias. Caso contrário poderão "reservar" umas vaguinhas para pendurar cumpanhêrus em postos de importância estratégica. Claro que devem ser escolhidos os maluquetes doutrinados, pois estes são sempre fiéis.

Mas claro que aqueles que indicam quem monta as provas não possuem interesses políticos (ideológicos ou partidários) e certamente indicam pessoas acima de qualquer suspeita. Claro. Contudo, temo que alguma vez resolvam aparelhar os postos de influência com militantes e maluquetes doutrinados em alguma ideologia. Marx desconfiava desse tipo de coisa, eu também. Afinal, alguem sempre saberá, terá acesso, com antecedência sobre oque rala nas provas.

Abraços
C. Mouro