Ontem, presa no engarrafamento provocado por esta manifestação - engarrafamento que, por sinal, a matéria se esquiva de mostrar - , entabulei o seguinte diálogo com um ciclista-manifestante:
- Ei, psiu... Vem cá.
- Pois não...
- Qual o objetivo da passeata?
- Chamar a atenção para a violência no trânsito.
- Chamar atenção para o quê? O rapaz não foi atropelado por um motorista bêbado?
- Isto mesmo!
- E já não há uma lei super rígida, suspendendo a carta de motorista de quem dirige depois de comer um bombonzinho de licor?
- É...Mas a senhora está sendo insensível. Perdemos um amigo, um atleta e...
- Então é luto?
- Isso mesmo.
- Querido, sinto muito pelo seu amigo. Mas luto é questão privada. Não pode interromper via pública.
O garoto se limitou a me dar as costas. Enquanto se afastava do carro, girou o indicador em torno da própria orelha, sinalizando que a louca era eu.
3 comentários:
Está assim agora! Na ânsia de se fazer justiça, estão justificando uma caça as bruxas...Como se toda a sociedade fosse culpada pelos crimes de uns poucos. O pior é que abre-se espaço para a criação de leis que visam higienizar a sociedade inteira. Resultado: Todos pagam e para os assassinos, não fará qualqer diferença.
Nariz!
A Ivonete ainda não voltou?!
Bj's!!!
Eles são assim mesmo, são bondosos demais para pensar nos direitos dos outros...
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